quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Semana da Leitura

Como já foi anunciado, a BE/CRE vai promover mais uma Semana da Leitura. O evento terá lugar de 28 de Fevereiro a 3 de Março de 2011.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Jardins de Sophia


Em Maio, os alunos do 5º ano da nossa escola irão fazer uma visita aos Jardins de Sophia, no âmbito de uma actividade a realizar pela BE/CRE e pelo Departamento I da nossa escola.
Para ficares a saber um pouco mais deste lugar tão importante em termos botânicos, uma vez que encerra um conjunto de espécies vegetais raras, e fonte de inspiração para algumas das obras da escritora Sophia de Melo Breyner Andresen, aqui te deixamos um pouco da sua história. No final, encontrarás um link que te permite visitar, virtualmente, este espaço.

A história da Quinta
O Jardim Botânico do Porto foi instalado neste lugar, em 1951, pela Universidade do Porto na então chamada Quinta do Campo Alegre que tinha uma área de 12ha. Esta quinta tinha pertencido à Ordem de Cristo e foi adquirida em 1802 por João Salabert passando a ser conhecida como Quinta Grande do Salabert. Em 1820, passou a ser propriedade de João José da Costa. Por sua vez, João da Silva Monteiro adquiriu-a em 1875 e iniciou a construção da casa e do jardim. A quinta foi adquirida por João Henrique Andresen Júnior, que em 1895 a renova sendo então melhorados os seus famosos jardins – onde se mantém a ideia de coleccionismo botânico – por acção de sua mulher, Joana Andresen. A poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen relembrará, nas suas obras dirigidas à infância, esta quinta de seus avós. A quinta permaneceu na posse da sua família até 1949, data em que se verificou a venda ao Estado Português.

A história do Jardim Botânico
O primeiro Jardim Botânico no Porto foi estabelecido por decreto de Passos Manuel de 1837, sendo localizado em 1852 na cerca do extinto Convento dos Carmelitas, embora a sua criação apenas se verificasse em 1866. Com a ampliação do quartel da Guarda Municipal, o Jardim foi instalado em 1903 na Cordoaria mas por muito pouco tempo, tendo a Universidade do Porto ficado privada do seu jardim cerca de meio século. O Professor Américo Pires de Lima com a colaboração do alemão Franz Koepp, na sequência da compra da Quinta do Campo Alegre pelo Estado, procedeu à sua adaptação tirando partido do traçado de jardins e da vegetação já existentes ao gosto das quintas de recreio do Porto de finais do século XIX. Depois do atravessamento da propriedade pelos acessos da ponte da Arrábida, ela ficou reduzida a 4ha tendo conservado os jardins iniciais e na parte sobrante dos campos de cultivo e da mata foram sendo instalados novos jardins, nomeadamente de plantas suculentas e de aquáticas assim como um arboreto.

O Jardim Botânico hoje
Em 1983, o Jardim Botânico encerrou ao público na sequência do seu estado de degradação, tendo reaberto em 2001, após uma primeira intervenção de contenção dessa degradação. A oportunidade de uma candidatura ao Programa ON (CCDRN) permitiu renovar as redes de caminhos, rega, drenagem e eléctrica e foi ainda possível realizar um conjunto de outros melhoramentos. A obra obrigou ao encerramento do jardim ao público em Julho de 2006 tornando-se possível concluir esta nova fase da intervenção em Maio de 2007 e assim proceder à sua reabertura. É necessário ainda levar por diante, a curto prazo, a reabilitação das estufas do jardim, a redução do nível sonoro proveniente da auto-estrada e a qualificação da sua colecção de plantas.
O Jardim Botânico do Porto assume hoje importância pela sua vertente botânica, possuindo um conjunto significativo de espécies quer pela sua raridade quer pela sua dimensão, nomeadamente espécies exóticas. É ainda representativo das quintas de recreio do Porto oitocentista e é também um espaço literário. Ele é um lugar de referência na vida e na obra dos escritores Sophia de Mello Breyner Andresen e Ruben A..

http://jardimbotanico.up.pt/ [2011/01/27]